
A Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC) recebe nesta semana software e hardware que completam o conjunto de equipamentos que compõem a Cadeia de Vestígios do Laboratório de Biologia e DNA Forense. Com essa nova tecnologia será criado um banco de perfis genéticos goiano, conectado à Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos e ao Banco Nacional de Perfis Genéticos. O investimento foi de R$ 825 mil, por meio de convênio com o governo federal.
De acordo com a superintendente de Polícia Técnico-Científica, Rejane da Silva Sena Barcelos, técnicos do FBI fizeram a configuração do novo equipamento, que deve ser operado por dois peritos doutores da SPTC. Para a operação desse novo sistema também serão utilizados os novos concursados da Polícia Técnico-Científica. Com a chegada desse instrumental, que complementa o recebido em dezembro último, como sequenciadores de DNA atualizados, serão iniciados os testes para que em seguida o Estado inicie seu Banco de Perfis Genéticos. Ainda não há prazo para o início do funcionamento desse banco.
DNA comparado
Hoje a análise de DNA, realizada pela SPTC, oferece respostas robustas. Porém, é necessário haver um suspeito para a comparação do DNA. Com a Cadeia de Vestígios será possível comparar o DNA coletado com perfis genéticos cadastrados no sistema. Para abastecer esse banco de dados serão cadastrados DNAs coletados em locais de crime, de condenados por crimes hediondos, ossadas e até mesmo de familiares de pessoas desaparecidas. Existe uma legislação própria para regular isto. Além disso, o sistema é integrado nacionalmente, o que significa que um DNA coletado em Goiás poderá ser comparado com perfis genéticos de todo o País e vice-versa.
A Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos e o Banco Nacional de Perfis Genéticos possuem um Comitê Gestor composto por representantes do Ministério da Justiça, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e dos estados ou do Distrito Federal (sendo um de cada região geográfica). Há ainda a participação de representantes do Ministério Público, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.
- Goiás Agora