
Nos últimos dez anos Goiás vem batendo recordes no saldo da balança comercial. Em 2014, comparado a outros anos, a balança comercial goiana registrou superávit de US$ 2,560 bilhões, um recorde histórico de acordo com a série das estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O volume de exportações totalizou US$ 6,979 bilhões contra US$ 4,419 bilhões de importações.
Para o superintendente executivo de Comércio e Exterior da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, William O´Dwyer, podemos comemorar o melhor resultado em toda a história, e que o Estado está em um patamar bem mais tranquilo em relação à balança comercial brasileira, que teve um déficit de US$ 3,93 bilhões no ano passado. O superintendente atribui o bom desempenho comercial à política desenvolvimentista do Governo de Goiás.
“Nossos programas de atração de investimentos têm realmente feito a diferença. Outros estados não têm programas tão consolidados. Além das estratégias logísticas que Goiás tem a oferecer aos empresários, tem também a qualidade dos produtos. Vamos lutar mais ainda para que este produto seja melhor, mais competitivo e para que a qualidade dele seja uma marca registrada de Goiás”, afirma.
Apesar do protagonismo do agronegócio no cenário econômico goiano, o governo quer diversificar a pauta das exportações, agregando maior valor aos produtos. Também para 2015, o governo estadual concentrará esforços na realização de missões oficiais ao exterior para divulgar os produtos goianos e fechar acordos bilaterais, abrindo mercado com novos parceiros comerciais.
“Nós estaremos estreitando mais laços com os Estados Unidos, China, e vamos prospectar mais parceiros. Vamos tentar neste ano estabelecer uma maior aproximação com a Ásia”, adianta o superintendente William O’Dwyer. A primeira missão começa no próximo dia 20, com uma viagem a Nova York onde serão apresentadas a investidores norte-americanos as potencialidades goianas na Câmara de Comércio do Brasil, nos Estados Unidos. O vice-governador e titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuárria e Irrigação, José Eliton, participa do encontro, além do superintendente O’Dwyer.
Exportações e importações
Os principais consumidores dos produtos Made in Goiás, de um total de 149 destinos mundo afora, foram China (26,99%), Holanda (9,33%) e Rússia (6,15%). O superintende explicou que a Holanda se posiciona no ranking por ser a porta de entrada dos produtos na Comunidade Europeia, através do Porto de Roterdã. A Rússia, que embargou produtos agropecuários dos Estados Unidos e Europa em agosto, foi responsável pelo incremento nas importações de carnes goianas desde setembro. Também houve participação considerável de parceiros asiáticos como a Índia, Egito, Indonésia e Tailândia.
Os produtos mais importados pelo Estado foram fármacos (26,81%), veículos automotivos (25,37%) e máquinas e aparelhos mecânicos (10,79%). Na lista de 158 fornecedores, a Coreia do Sul aparece em primeiro lugar (17,11%). Depois, vêm Alemanha (15,11%) e Estados Unidos (13,77%).
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