
Goiás encerrou o ano de 2012 alcançando a produção total de riquezas no valor de R$ 123,926 bilhões, o que representa um crescimento de 5,4% em relação ao ano anterior. No mesmo ano, a economia nacional registrou um crescimento ínfimo de 1%, resultante da crise internacional na zona do Euro, prioritariamente. O dado consolidado foi divulgado nesta sexta-feira, dia 14, pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão de Planejamento (IMB/Segplan), que realizou o cálculo tendo a metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como base.
“Vale lembrar que se não fosse o baixo desempenho da economia nacional em 2012, que registrou taxa de crescimento de 1%, o avanço do PIB goiano poderia ser ainda mais significativo. Afinal, Goiás está inserido numa conjuntura nacional de crescimento baixo”, afirma o secretário da Segplan, Leonardo Vilela. Para o titular da pasta, o crescimento do PIB de Goiás em 2012 acima da média nacional se deve ao grande potencial de produção de matérias-primas, como itens agrícolas, pecuários e minerais, somado às ações de políticas públicas do Governo do Estado, que englobam incentivos fiscais, redução de impostos, investimentos em infraestrutura, e também integração com o setor privado e suas entidades de classe.
Setores
De acordo com o IMB/Segplan, no ano de 2012, entre os grandes setores de atividade econômica, o destaque em volume ocorreu na agropecuária, que registrou expansão de 8,4% propiciada pelo incremento na produção agrícola devido ao desempenho positivo das culturas de soja, cana-de-açúcar, milho, feijão e banana. Segundo explica a chefe do gabinete de gestão do IMB, Líllian Prado, a quebra na safra de milho nos Estados Unidos, maior produtor do grão, contribuiu para alavancar as exportações brasileiras. Já na pecuária houve recuo puxado pela redução do efetivo de aves e suínos.
Em seguida veio o setor de serviços, que cresceu 5,5% em 2012, com destaque para as atividades de transportes e armazenagem (13,9%); comércio (9,8%); e intermediação financeira, seguros e previdência complementar (5,3%). As demais atividades também tiveram taxas positivas: outros serviços (4,5%); serviços de informação (4,5%); administração, saúde e educação pública (2,4%); e atividades imobiliárias e aluguel (0,8%). As atividades de transporte e armazenagem lideraram a expansão no setor de serviços devido ao desempenho da agropecuária, já que o setor necessita escoar sua produção e a demanda por transporte torna-se crescente em resposta a esta atividade.
A indústria apresentou crescimento de 4,8% no período em análise, por causa do desempenho favorável da construção civil (11,6%), da produção e distribuição de eletricidade, gás e água (10,5%), da indústria de transformação (0,5%) e da extrativa mineral (0,1%). Um dos destaques, a indústria da construção civil foi influenciada por diversos fatores, tais como maior oferta de crédito imobiliário, crescimento do emprego e da renda, incremento do consumo das famílias e manutenção da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de diversos insumos da construção. Também contribuíram as obras de infraestrutura realizadas no Estado, como pavimentação de rodovias e saneamento.
PIB per capita
Com os resultados positivos da economia estadual em 2012, o PIB per capita (resultado da divisão do PIB pela população) de Goiás atingiu o valor de R$ 20.134,26, contra R$ 18.289,59 em 2011, com incremento de R$ 1.835,67, o segundo maior da série iniciada em 2002. Conforme o IMB/Segplan, em 2012 o PIB per capita goiano apresentou taxa de crescimento de 4,1%, enquanto a média nacional ficou em 0,2%.
No que se refere ao ranking das Unidades da Federação, em 2012 o PIB per capita de Goiás se manteve na 11ª posição, sem alteração em relação ao ano anterior. Entretanto, nesse indicador Goiás está abaixo da média nacional, cujo PIB per capita é de R$ 22.645,86. Isso se deve ao fato de o Estado ser o 12º mais populoso do País.
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- Goiás Agora