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"A Democracia é uma conquista!" relembra a exposição sobre a Ditadura Militar.
Cultura

Mais de 150 documentos inéditos compõe a exposição sobre o período mais delicado da história brasileira, a Ditadura Militar.

Há 50 anos, um dos períodos políticos mais conturbados da história do Brasil começava a ser desenhado. Com o golpe militar de 1964, muitos foram os relatos de perseguição política, repressão e violência. Para retratar essa época, tendo o estado do Rio de Janeiro como cenário, a exposição Ressonâncias – Rio de Janeiro, 1964, leva ao Museu do Ingá, em Niterói, a partir de amanhã (2), registros documentais e iconográficos inéditos e depoimentos de quem sofreu perseguição.

Reunindo registros que passam desde cartazes de filmes carimbados pelo controle de censura até cadernos apreendidos de estudantes para verificar se professores faziam apologia ao comunismo, os 150 documentos que integram a mostra, entre jornais, fotografias, livros e folhetos censurados, procuram retratar como o Rio de Janeiro viveu a ditadura militar.

Para o curador Paulo Knauss, a mostra contribui para que a sociedade lembre do período e valorize cada vez mais a democracia. “A exposição mostra que a democracia é uma conquista, não cai do céu pronta. Isso vale para a década de 80, assim como vale para os nossos dias. Mais do que a gente julgar o autoritarismo, eu acho, lembrar aquele período é um bom motivo para a gente celebrar o presente. Se a democracia tem muitos defeitos, ela certamente ainda é o melhor regime político que a gente conhece. É o regime da liberdade de expressão, das liberdades individuais, do respeito dos direitos civis”, opinou.

Ao longo da exposição, os visitantes vão conhecer com detalhes como a ditadura ocorreu no Rio, passando por salas que mostram manchetes de jornais anunciando o golpe, além da sala que mostra como a imprensa se dividiu para apoiar ou não o regime autoritarista. “A sessão dedicada ao movimento estudantil é muito bacana, porque traz cartazes manuscritos que contestam as eleições e a militarização das escolas. Outra sessão muito interessante é a dedicada à censura cultural, que mostra os critérios estranhos do regime, que liberava filmes sensuais, por exemplo, e outras coisas de importância cultural eles reprovavam”, segundo Knauss.

Para o curador, a mostra contribui para que a sociedade lembre do período e valorize cada vez mais a democracia. “A exposição mostra que a democracia é uma conquista, não cai do céu pronta. Isso vale para a década de 80, assim como vale para os nossos dias. Mais do que a gente julgar o autoritarismo, eu acho, lembrar aquele período é um bom motivo para a gente celebrar o presente. Se a democracia tem muitos defeitos, ela certamente ainda é o melhor regime político que a gente conhece. É o regime da liberdade de expressão, das liberdades individuais, do respeito dos direitos civis”, opinou.

Agência Brasil / EBC Serviços