
Cerca de 150 pessoas se reuniram na Cinelândia, no centro do Rio, durante o amistoso entre Brasil e Sérvia – última partida da seleção brasileira antes da Copa do Mundo, para lançar a mobilização social programada para o megaevento esportivo.
O integrante do Comitê Popular da Copa e Olimpíadas do Rio de Janeiro, Gustavo Mehl, disse que o fato de vários movimentos sociais denunciarem problemas relacionados à realização da Copa do Mundo não significa que os participantes sejam contra o futebol ou a seleção brasileira.
De acordo com ele, a ideia não é boicotar a Copa, mas assistir aos jogos com plena consciência dos significados negativos do evento. “A Copa não trouxe benefício para a população, mas benefício para alguns grupos privados. Nesse clima, a gente está passando o jogo aqui para dialogar com a população que está passando e lembrar que, por mais que a gente possa ver os jogos e armar os nossos esquemas para ver os jogos, a crítica deve permanecer”.
O grupo marcou para o dia 12, abertura da Copa, a primeira manifestação com a chamada “Nossa Copa é na Rua”, que envolverá movimentos sociais, sindicatos, representações, coletivos e grupos de juventude. A concentração será na Candelária as 10h, com saída ao meio-dia em direção ao Largo da Lapa. Há previsão de se fazer outros eventos ManiFest para a transmissão dos jogos, além de atos pontuais durante os jogos da primeira fase e manifestações nos dias das partidas das oitavas de final, quartas de final e na final no Estádio do Maracanã.
O comitê também lançou o terceiro Dossiê de Mega Eventos e Violações de Direitos Humanos. “Ele traz um apanhado de todo o acúmulo que o Comitê Popular da Copa tem nos últimos anos, das críticas a esses eventos envolvendo uma série de questões como moradia, com as remoções forçadas; a mobilidade, que não melhorou como legado para a população; e esportes, com a falta de incentivo a dois anos das Olimpíadas”, explicou Mehl.
Fonte da Notícia: Agência Brasil / EBC Serviços