
Com o preço do combustível nas alturas, nada melhor que economizar. Uma opção é realizar a reprogramação eletrônica do veículo, que permite uma redução de 5 a 10% no gasto com o combustível. Além disso, o veículo ganha mais robustez, já que o procedimento faz a liberação da reserva de potência e torque do motor, com arquivos do software original.
O valor da reprogramação eletrônica, também conhecida como "chipagem" ou "instalação do chip de potência", varia de modelo, categoria e ano, mas só pode ser feita em qualquer veículo com sistema eletrônico, independentemente de ser carro de passeio, esportivo, utilitário e até agrícola. “Uma vez reprogramado não haverá necessidade de efetuar os serviços novamente”, explica Fernando Augusto de Morais, proprietário da franquia Mais Power.
Por ser feita sem alterações mecânicas e com um custo relativamente baixo, principal procura para este tipo de serviço são de proprietários que buscam um maior incremento de potência. Por exemplo, após a reprogramação, os motores aspirados possuem um ganho de 10%, já os turbos possuem um ganho mais significativo, que chegam a 30%.
Mitos e verdades
Existem muitas dúvidas sobre esse sistema. Uma das em destaque é sobre a garantia do veiculo. “Não há perda da garantia de fábrica, pois a reprogramação não altera nenhuma estrutura do veículo, além de manter os códigos de série do módulo”, explica Fernando Mais Power.
Ele ainda afirma que o procedimento somente é realizado após a realização de um diagnóstico desenvolvido pela equipe. O veículo é avaliado antes da reprogramação, caso tenha algum problema é importante a correção. “O problema mais recorrente é com os veículos que já apresentam problemas físicos, tal como bomba injetora, e ao passar pelo teste inicial, realizado por nosso técnico, o cliente é orientado a sana-lo antes da realização da reprogramação”, pontua.
O que é feito?
No módulo eletrônico do motor está instalado o software que controla as calibrações de todas as funções, como injeção do combustível e avanço da ignição - de acordo com condições como a rotação do motor, carga do acelerador, temperatura ambiente, umidade do ar e até altitude.
Exemplificando, de forma resumida: a partir dessa programação, o carro sabe que estando a “x” rpm e com carga do pedal “y”, ele deve ter o avanço de ignição “a” e injeção de combustível “b”, condicionado ainda a condições de faixas de temperatura, umidade, altitude. Então, mudanças na rotação (x) ou carga do pedal (y) alteram o ponto de ignição (a) e o volume de combustível injetado, assim como as variações climáticas.
Matéria: Cejane Pupulin
Foto: WEB