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Chico Bala lembra um pouco do início Biker em Goiás
Motociclismo

Chico Bala lembra um pouco do início Biker em Goiás

Francisco Luís Anselmo, popular Chico Bala, Nascido em Goiânia no dia  20 de Maio de 1959. Chico bala fala um pouco da história vivida por ele no meio motocilistico, descreve ao Jornal Folha de Ceres o início dos encontros, os primeiros locais em Goiânia, momentos que marcaram época e marcaram a sua vida junto a história no mundo bikers de Goiás.

 

Jornal Folha de Ceres – Como iniciou sua história com as motos?

Chico Bala – Comecei com a cinquentinha FS Yamaha (74), YB 50CC Yamaha;  RD 125, RD 250, RD 350, Yamaha DUHC 650, CB 360 (70), RS importada( Antecessora da RX),  Motos nacionais RX 125, RX 180. Passei pelas “Lambretas”, ‘Vespa”, “Xispa” (Ano 73, uma lambreta com estilo de moto), A “Xispa” com tanque quadrado; Java 350 ( A partida era no pedal do próprio cambio, Pedal escamotiável); Tive a oportunidade de andar de motos à perder a conta, mas sempre fã incondicional das máquinas dois tempos.

 

Jornal Folha de Ceres – Era fácil o acesso as peças e a mecânica dessas máquinas que foram surgindo por época?

Chico Bala – Nós éramos obrigados a resolver o problema se quisesse andar de moto. Tínhamos que aprender a mexer na máquina, fabricar peças para as próprias motos.

 

Jornal Folha de Ceres – Era uma badalação andar de moto nessa época?

Chico Bala – As meninas filhas de boas famílias não andavam de moto. E quem andava de moto era visto como se fossem marginais. Estavamos a “margens da sociedade”, quem andava de moto, não era bem visto pelas boas famílias. Minhas namoradas não podiam andar de moto comigo. Hoje vemos isso como um ato normal e é normal, mas muito criticado e cobrado na época.

 

Jornal Folha de Ceres – Quando e onde foram realizados os primeiros encontros de motociclistas em Goiânia vividos e entendidos por você e seus amigos?

Chico Bala – Os primeiros encontros para curtir as motos e viver o nosso mundo motociclístico iniciou na Praça Universitária, Na Tocantins, Praça Tamandaré. Ainda menino, já via o pessoal do Setor Universitário e da Vila Nova rodando na Praça Universitária. O local era um circuito fechado e só corria no local quem realmente sabia andar de moto. Veio a proibição e o pessoal mudou para a Tocantins, subindo e descendo a avenida. Um ótimo ponto de encontro para troca de experiências e conversas do “meio” Motociclístico na época. Novamente proibido e muito monitorado mas surgia a Praça Tamandaré, que veio como um “Marco no encontro de domingo” os “pegas e ou Rachas em torno da praça, época da RD 350, RS, RX, As Hondas em 1976, que na época não saiam frente as Yamahas que era as motos dois tempos e chamadas de motos dos loucos. Não esquecendo do desenvolvimento das primeiras motos preparadas (mexiam na tarja de compressão, carburação, coroa, relação, saída de escapamento). Sempre realizado no domingo. Por dois anos um encontro em massa de muita alegria e local de fazer muitos amigos. Nessa época com grande preparadores de motos: Hélio Paiva (Hoje proprietário da Retífica HP em Goiânia), Ceguin foguete, Japonês Xinô Yoxinory, Paulo Tadeu, Tião Andrade e uma grande quantidade de bons profissionais.  Também fechada para os motociclistas se divertirem. Todos migraram para a Ricardo Paranhos, momento em que acidentei e me ausentei de Goiânia por dez anos. Quando voltei, já convivi com a nova geração.

 

Jornal Folha de Ceres – Ao seu ver, quem se destacou nessa nova geração motociclistica?

Chico Bala – Sempre nessas praças as corridas surgiam aleatoriamente, simplesmente o popular “Rachas e ou pegas”. A nova meninada, tinha como destaque inúmeros motociclistas que poderemos pecar e esquecer alguns bons nomes mas, lembro do Toninho Bala, Wellington Valadares, Boicher, que partiram para o Motocross. Boicher como o precursor do motociclismo no Estado de Goiás.

Jornal Folha de Ceres – O que te marcou nesse período?

Chico Bala – Foram vários fatos marcantes. Na Tamandaré, existia um integrante que ia para a praça, ele tinha uma Yamaha 650 (1973) e levava seu bicho de estimação. Um “Leão”; A implementação e obrigatoriedade do uso do capacete. Ninguém usava esse acessório e nem era obrigado. Podiam viajar sem capacetes; Os rachas com a Viúva Negra, a R5, de cinco marchas, ( A máquina não tinha de fabricação bons freios, ainda eram de tambor), As corridas com as RDs, posteriormente o surgimento dos freios a disco.

 

Jornal Folha de Ceres – Como uma pessoa culta que fez e faz parte da história motociclística de Goiânia e de Goiás, em suas leituras sobre o tema, quem ficou de fora e ou esquecido de ser mencionado e ou lembrado pelas suas ações e contribuição com a nossa história Bikers?

Chico Bala – lamento os historiadores não terem citado os percursores do motociclismo goiano. Destaco Edmar Ferreira. Na época, o único Goiano que foi representar o país e o estado no Mundial de Moto Velocidade com provas pelo mundo. Natural de Goiás, o ícone dos anos 1970 foi campeão brasileiro várias vezes, participou de provas como as 24 Horas de Bol d’Or e as 24 Horas de Le Mans, e disputou várias categorias; 250, 350 e 500 (além da 750 – realizada à parte do Mundial entre 1973 e 1979) do Campeonato Mundial de Motovelocidade. Um piloto de Goiânia. Hervino Boecher, que começaram com as Lambretas, Javas, Zundap (Moto Alemã), BSA, Royal (Década de 70).

Jornal Folha de Ceres – No seu entender, como iniciou esses encontros?

Chico Bala – Iniciou no “Moto Clube” existente na saída de Guapó, onde foi feito uma pista de terra para disputar as corridas. Começaram lá. A verdadeira história do motociclismo goiano começou ali. Na sua maioria já estão com 70 anos de idade. Mecânicos da época a exemplo que ainda estão vivos (da época de 60).

Jornal Folha de Ceres – Qual período marcou mais a sua vida?

Chico Bala – na década de 70 e 80, foi a época de ouro para mim. Participei de boas corridas, conheci grandes  muitas pessoas, grandes profissionais. Foi nesse período que tive um acidente e me recuperei. Houve a festa e a inauguração do autódromo de Goiânia, que colocou em evidência o motociclismo em Goiás (70). Conheci várias pessoas que corriam nessa época no autódromo; conheci os Marinari, Boechers, Limonge, Kurt Faithebert na moto velocidade, Roberto Boerchert no Motocross e muitos outros.

Jornal Folha de Ceres – Qual a paixão pelo Motociclismo?

Chico Bala – A minha paixão sempre foi ver as pessoas andando de moto. As pessoas que tinham a moto no sangue.

 

Jornal Folha de Ceres – Qual o maior sonho no motociclismo?

Chico Bala – Montar a minha própria moto, partindo do nada. Comprar um quadro, cortar e fazer a minha chopper, do meu jeito, feita por mim. Hoje sou estradeiro e ando de “Custon”.

 

Jornal Folha de Ceres – Qual mensagem você deixa para os jovens motociclistas de hoje?

Chico Bala – Que não cometa os erros que cometi. Não obedeci meu pai na hora certa, ter dessabores em transformar patrimônio em motocicletas para realizar sonhos que poderiam ser conquistados com um pouco mais de trabalho e de tempo.

Finalizo pedindo aos jovens que respeite e tenham medo da moto. Assim poderá andar de moto a vida toda.

Matéria Ferdinando Ricardo Fotos de pesquisa e WEB.

 

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