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Cresce população feminina em Goiás
Região

Pesquisa divulgada pelo Instituto Mauro Borges da Secretaria de Gestão e Planejamento divulga perfil da população feminina em Goiás e mostra o crescimento, nos últimos dez anos, do número de mulheres no Estado. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2012) mostrou que a participação feminina na população de Goiás cresceu quase 0,3%, se comparada aos dados de dez anos atrás. Nesse período, foram acrescidas em torno de 500 mil mulheres, perfazendo hoje aproximadamente 3,2 milhões de goianas, que representam 50,8% da população do estado.

Segundo a pesquisa, dos 594 congressistas nacionais, menos de 11% são do sexo feminino. São 54 parlamentares mulheres num universo de mais de 100 milhões de vozes femininas. Em Goiás, há apenas duas mulheres dentre os 17 deputados estaduais, muito pouco quando se lembra que faz mais de 60 anos que a primeira mulher, Berenice Artiaga, se elegeu deputada para a casa de leis goiana, nos idos de 1951. Destaca-se que entre os três senadores goianos há uma mulher.

Observa-se também o amadurecimento da mulher goiana: em 2002, 56% das goianas tinham menos de 30 anos; o quadro se inverte em 2012, em que 54% têm 30 anos ou mais. Em 2002, ainda, o grupo de maior representatividade era o de 15 a 19 anos; em 2012, o grupo com mais mulheres era o de 30 a 34 anos. Outro fato que chama atenção é o aumento do número de mulheres com mais de 70 anos. Esse grupo cresceu mais de 90% no período em análise (o maior crescimento dentre todos), saindo de uma representatividade em torno de 3% para mais de 5% do total de mulheres.

Outro fator que se alterou na década 2002/2012 foi o número de mulheres por ano de estudo. Em 2002, no Estado de Goiás 48% das mulheres tinham apenas até cinco anos de estudo. Esse percentual diminui bastante em dez anos, descendo para pouco mais de 32%. Em relação ao grupo com 11 ou mais anos de estudo, houve avanço de 23% em 2002 para 39,6% em 2012, evidenciando o avanço da qualificação feminina no estado. Somente para efeito de comparação, mesmo com uma evolução significativa, a maioria dos homens (36,5%) tem até cinco anos de estudos; os com 11 anos ou mais de estudo somam 32,5% (segundo a Pnad/2012).

Dos 6.054 analfabetos trabalhando em Goiás em 2012, apenas 12% eram do sexo feminino. No universo desse gênero (sem considerar aqueles com escolarização incompleta), as analfabetas representam menos de 0,2%, enquanto que as com curso superior somam mais de 30%.

É interessante perceber que apesar da maior qualificação das mulheres, isto não resulta em melhor remuneração. Na faixa de remuneração dos que ganham entre 10 e 20 salários mínimos, apenas 20% são mulheres, havendo, inclusive, um recuo de oito pontos percentuais nessa faixa. No grupo dos que recebem mais de 20 salários mínimos, nota-se, por outro lado, um acréscimo na participação feminina: em 2012 elas eram cerca de 26%, frente aos 20% de 2002.