
Em cumprimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos, a Prefeitura de Bela Vista inaugurou nesta quinta-feira, dia 27, o aterro sanitário, dando fim ao lixão da cidade. A obra custou cerca de R$ 1,2 milhão e foi executada com recursos e profissionais do município, segundo o prefeito Eurípedes do Carmo. O Secretário de Cidades e Meio Ambiente, Vilmar Rocha representou o governador Marconi Perillo na solenidade e destacou o fato de Bela Vista ser um dos primeiros municípios a ter “dado conta do recado”.
A construção de aterros sanitários municipais obedece à Lei Federal nº 12.305 de 2010, que determinou que todos os municípios brasileiros desativassem os lixões a céu aberto e implantassem aterros. Segundo o secretário Vilmar Rocha, em Goiás, menos de 20 municípios já cumprem a lei e Bela Vista é a primeira cidade do Estado com menos de 50 mil habitantes a implantar o seu. “A competência em relação aos resíduos sólidos é das prefeituras, mas a grande maioria não tem condições financeiras ou mesmo humanas de avançar nesse sentido”, afirmou Vilmar Rocha. Ele parabenizou o prefeito por implantar o aterro com recursos próprios.
Segundo o secretário, esta dificuldade das prefeituras em cumprir a determinação federal motivou a Secima a lançar o projeto Goiás sem Lixão. “Com esse projeto nós, do governo estadual, queremos contribuir, colaborar e apoiar as prefeituras a implantarem seus aterros, seja através de recursos financeiros, recursos humanos ou mesmo na elaboração dos projetos”, explicou Vilmar Rocha.
Goiás sem lixão
O projeto Goiás sem lixão contempla todas as etapas do manejo de resíduos sólidos, desde a coleta, a seleção, reciclagem por cooperativa de trabalhadores e disposição final dos rejeitos e é uma das prioridades da Secima. De acordo com o secretário Vilmar Rocha, o projeto vem sendo desenvolvido em três frentes: uma que contempla o Entorno do Distrito Federal, outra na região metropolitana de Goiânia e uma terceira que atende aos 206 municípios goianos restantes.
“Mais do que uma exigência legal, esta é uma exigência ambiental. O Brasil e o Estado de Goiás estão atrasados em relação à questão do lixo e o Governo de Goiás pretende auxiliar as prefeituras para resolvermos a situação”, disse o secretário. “No passado lixo era descarte, era mesmo lixo, era desprezado. Hoje, o lixo pode ser insumo para vários produtos como adubo e até a geração de energia. A criação de aterros controlados é o primeiro passo para o reaproveitamento dos resíduos sólidos e este é o nosso grande objetivo”, concluiu o secretário Vilmar Rocha.
- Goiás Agora