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Bié sai de Ceres a Manaus de "Fusca"
Turismo

O vale do São Patrício é conhecido pelos "tantos" amantes do esporte, tanto no motociclismo, JetSki, 4 X 4, Gaioleiros, amantes do fusca, kart, enduro, motocross e outros aventureiros que nem da para nomear. Todos amantes da natureza.
A história desse mês será do nosso amigo Bié da Avenida Rui Barbosa que partiu com seu fusca de Ceres á Manaus.
Bié um ceresino apaixonado por aventuras, vai e volta á Manaus em um fusca. Seu nome é Ely Delfino Bié, nascido e criado em Ceres, quarenta e três anos trabalhando com mecânica. Na parte radical, entrou como roby restaurando “veículos 4 x 4 e gaiolas” que acabou virando profissão, frente ás tantas encomendas pelos amigos e simpatizantes do esporte, com serviços executados para Brasília, Goiânia, Porangatu e outras cidades espalhadas no Estado de Goiás. Hoje com uma menor equipe trabalha com mais excelência e maior qualidade no que faz. Lembrando que no interior são muitas as dificuldades encontradas, falta de local para a prática do esporte, falta de peças e mão de obra especializada, muita das vezes fabricadas no próprio local de trabalho.
Bié lembra com pesar as tantas promessas feitas pelos políticos ao longo os anos “ atrofiando” o desenvolver das indústrias local e do próprio esporte em Ceres e no norte goiano. (...) –“ eles vem no barulho, prometem, ganham e nada de executar”(...). Diz Bié.


A aventura de viajar de fusca de Ceres a Manaus


Bié fala da ligação com o esporte e o trabalho (...)- “Por trabalhar com 4 X 4, ser um Roby ligado á profissão, sempre quis fazer uma viagem dessa em um 4x4. Neste momento surge a oportunidade através um amigo de Nova Glória que me convidou. Mas só iria se fosse de fusca. Após entrar em contato pela Web, encontramos mais aventureiros; de Curitiba, de Londrina, um Paulista e nos de Goiás”. (...) “A aventura começou á um ano atrás, quando entrei na internet e surgiu os companheiros de Curitiba que já haviam feito o trajeto em 2015, sendo que iria repetir agora em 2017. Resolvi participar com eles”. (...)-“Era para ser realizado em março, mas diante das informações que estaria sem condições por ter caminhões atolados no percurso á mais de quarenta dias, adiamos para o final do período chuvoso. No dia 15 de julho, saí de Ceres, sentido Cidade de Goiás (Goiás Velho), Barra do Garça. No mesmo dia, eles saíram de Curitiba e São Paulo, nos encontrando em Rondonópolis. De Rondonópolis, Jaciara e Cuiabá, Comodoro, Porto Velho. Saímos Rumo Manaus, 90% em estrada de chão. Me surpreendeu pelo fato de acharmos que pegaríamos barro e foi só poeira, muita poeira, pelo fato de já ter passado o período chuvoso. Passando pelo Parque Nacional Nascente do Lago Jari, Parque Nacional, Parque Estadual do Matupiri . Pegamos um Navio de Manaus a Santarém descendo o Rio Amazonas, (700 km média para ser feito de 24 á 30 horas, no qual o navio quebrou, ficando três dias no rio. Uma aventura e tanto, Em Itaituba meu parceiro desistiu por cansaço psicológico. Fizemos uma reunião, propus para que viesse de avião ou no meu carro, ele disse não dar conta, Largamos o grupo e viemos só, por Altamira no Pará, Marabá, até Araguaina no Tocantins, já na Belém Brasília até chegar em Ceres.


Imprevistos -“ Os companheiros de viagem não sabia que eu era mecânico, por incrível que pareça o meu foi o primeiro a estragar. Soltou uma pecinha no cabeçote na cidade de Porto Velho. Contamos com uma recepção calorosa da equipe do Jeep da cidade. Uma equipe excelente, uma bondade imensa que dispensa comentários. A equipe de lá, me rebocou, retornando á Porto velho, fiquei na loja de um dos membros, consertei o fusca e no dia seguinte continuamos a jornada. Um dos companheiros do Paranã perdeu o controle do carro, desceu uma ribanceira, estragou um pivô, pousamos na beira da estrada, ficamos um dia. Outro colega estragou um rolamento, que foi fácil fazer o reparo. De imprevisto paramos apenas três vezes, pelo fato de sempre que parávamos em uma cidade fazíamos a manutenção e os reparos.


Dos equipamentos para a viagem (...) -”O .../pessoal é muito organizado, desde um fusca desmanchado, barracas, colchão, alimentação, cozinha, tinha de tudo, só não levamos o cabeçote e o pivô que estragou”(...). Sorri Bié achando graça da façanha.


Total de Km rodado (...) -“Um total de 6200 km, 600 km de barco de Manaus a Itaituba, onde também é muito bonito de se apreciar”(...). Enfatiza Bié.


Momentos tristes na viagem – (...)” Tivemos a infelicidade de ver um acidente no caminho em Mato Grosso, Imprudência que envolveu vários caminhões. Incompetência no trânsito, gerando perca de vidas. Muito triste isso ai” (...). Triste diz Bié.


Recomendação: (...) - “Se tem vontade, Vá. Eu volto novamente em 2019 com chuva. O trajeto completo. Já tem alguns candidatos aqui em Ceres que estão dispostos a me acompanhar. Vai ser difícil, mas vai ser uma grande aventura. Acredito inesquecível como foi essa viagem e que, ficará para a história”(...).Argumentou o aventureiro. 


Os Cuidados: (...)-“ Se for em equipe é importante cuidar do seu equipamento, cuidado com o seu carro. Tem lugar que você não tem socorro, não tem opção. Tem que conhecer a rota, encher os galões de combustível pois em certos momentos vai rodar mais de 700 km sem posto de gasolina, sem socorro, correndo risco de perde-se na Transamazônica. Quando quebrou o pivô andamos quase 400 km com um parafuso atravessado no lugar, como quebra galho até chegar e encontra uma peça e substitui-la. Não rodar á noite, são estradas perigosas, sem apoio e sem recurso”(...) Quando você pega a mata, pinga algumas casinhas pelo caminho, não tem nada, zero”. Muito perigo nas cabeceiras de pontes, mais de 108 pontes”(...). Observou Bié.


Amizades: - (...) –“Fizemos grandes amizades com o pessoal durante a viagem á Manaus. São Companheiros muito experientes. Também um carinho muito grande com as equipes do Clube do Jeep de Porto Velho e Manaus que, mesmo sem nos conhecer, ficaram de prontidão, pelo fato de ter um longo trecho sem recurso entre as duas cidades”(...). Pontuou Bié.


Parceiro de viagem - Bié finaliza recomendando um companheiro com espírito de aventura, pois sai completamente de uma rotina civilizada e passa a viver momentos hostis, onde meche com o psicológico daqueles que nunca passaram por tais experiências de ficar acampado, fazer uma barraca, fazer seu próprio alimento, consertar e ou reparar algo que esteja danificado em seu veículo. Estar de cabeça fria para o imprevisto. E Finaliza dizendo que as castanheiras, os rios, a mata e o Amazonas é muito bonito, e quem tem vontade de ir, não pode deixar para depois. (...) –“Vá antes que acabem”(...). Nos conta a aventura o nosso amigo Bié.

Matéria : Ferdinando Ricardo