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CRER realiza projeto padrão com voluntários no acolhimento de pacientes
Solidariedade

Prontidão para ajudar a quem precisa. Essa é a característica comum a todas as pessoas que dedicam parte de seu dia e do seu tempo para auxiliar os necessitados. Esse é o caso dos 64 voluntários que hoje atuam diariamente no Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer).

De acordo com a coordenadora do trabalho voluntário da unidade, Márcia Nunes de Freitas, as funções deles abrangem desde o acolhimento do paciente no primeiro atendimento, na recepção, até o reparo dos enxovais usados no Crer; vão desde a convivência com os pacientes da ala infantil, nas salas de recreação do hospital, até o acompanhamento de pacientes com sequelas de AVC e outros traumas, na arteterapia.

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Marivane Jorge (voluntária) e Eliana Costa (filha de uma paciente). Foto: Naicléia da Silva.

 

Perfil do voluntário
“O voluntário precisa acima de tudo gostar de gente e ter amor ao próximo, comprometimento com o trabalho. Capacidade de ouvir e paciência também são fundamentais, já que a grande maioria de nossos pacientes possuem limitações motoras e até mesmo dificuldades na fala”, explica Márcia.

O trabalho voluntário no Crer é desenvolvido por pessoas das mais diferentes idades e perfis, varia de empresários a aposentados, de autônomos a estudantes. Ilana Guedes dos Santos, por exemplo, estudante de Fisioterapia, acaba de chegar à unidade. Ela afirma que se dispôs a trabalhar como voluntária desde que seu pai faleceu em decorrência de complicações de um câncer, em janeiro deste ano. “Acompanhei o tratamento dele nos hospitais e ali pude perceber o quanto as pessoas precisavam de ajuda e apoio”, diz ela. Ilana, no dia em que esta reportagem foi feita, trabalhava pela primeira vez como voluntária no Crer, acompanhando crianças na área de recreação do hospital”.

Do acolhimento à descoberta de novos talentos
Uma das áreas em que os voluntários atuam é na arteterapia. Lá, ao lado de terapeutas ocupacionais, auxiliam pacientes com dificuldades motoras a recuperar seus movimentos por meio de atividades como artesanato, pinturas, desenhos e outras atividades lúdicas. Giselle Gomes da Silva Lélis é terapeuta ocupacional no Crer e explica que na arteterapia os voluntários dão auxílio e apoio tanto a ela quanto aos pacientes.08.06.2015 Voluntários Crer IMG_1550

Sônia Maria Borges, paciente atendida pelos voluntários do Crer. Foto: Naicléia da Silva.

Sônia Maria Borges é uma das pacientes que três vezes por semana participa de sessões de arteterapia na unidade. Ela sofreu uma Acidente Vascular Cerebral (AVC) e durante aproximadamente dois anos ficou em uma cadeira de rodas. Ela conta que após o AVC perdeu os movimentos, não enxergava e não falava. Hoje Sônia Maria anda, fala normalmente e recuperou 20% da visão. Mesmo sem o apoio da família, que alega falta de tempo e disposição para acompanhá-la no tratamento, ela relata que, três vezes por semana, levanta às 4h30 e embarca nos primeiros ônibus para chegar ao Crer logo no início da manhã.

Ela exibe orgulhosa um quadro que conseguiu pintar sozinha na arteterapia, mesmo tendo apenas 20% de visão em apenas um dos olhos. “Eu passava dias e dias apenas chorando na minha cama, acreditando que nunca mais conseguiria andar e fazer o que eu fazia antes. Aqui, além do tratamento, fiz amigos, e descobri que sou capaz de fazer diversas coisas que antes nem imaginava, como pintar quadros, por exemplo. Aqui me sinto dez vezes melhor que em minha própria casa”.

Voluntários que Creem
O projeto Voluntários que Creem surgiu a partir do compromisso e sensibilidade de pessoas dispostas a ajudar e oferecer atenção e cuidados aos pacientes do hospital. O objetivo do projeto é contribuir com a população, dedicar tempo e esforços em tornar cada vez melhor a vida de quem mais precisa.

Ao longo de dez anos de atendimento, comemorados agora em maio, o projeto alcançou várias conquistas, desenvolveu ações de humanização, e consegue tornar cada vez melhor a vida de quem mais precisa. No Crer os voluntários atuam nas áreas do Posso Ajudar, Recreação, Arteterapia, Corte de Cabelo, Apoio Espiritual e Oficina de Artesanato.

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Voluntários, muitos deles ex-pacientes, na sala de Arterapia do Crer. Foto: Naicléia da Silva.

Como se tornar um voluntário
O voluntário do Crer atua somente em ações sociais. Para se tornar voluntário, o interessado deve, primeiramente, entrar em contato com o Centro Goiano de Voluntários (CGV) e fazer o pré-cadastro para participar de uma capacitação.

O interessado deve ter idade acima de 18 anos; condições e aptidão física para realizar o trabalho; estabilidade emocional; facilidade de comunicação e adaptação ao trabalho em equipe; disponibilidade para atuar quatro horas semanais, em um mesmo dia; além de responsabilidade, discrição e comprometimento

- Goiás Agora